GUSTAVO MIGUEL ALVARENGA

FORMAÇÃO ARTÍSTICA MUSICAL EM CULTURA PERIFÉRICA E PRODUÇÃO MUSICAL COLETIVA

Formação artística musical em cultura periférica e produção musical coletiva”, consiste em um curso que oferece uma jornada de aprimoramento artístico e de produção musical. A execução do projeto tem como objetivo a formação artística dos participantes, bem como a produção de 3 (três) músicas autorais. Na qual se dará a partir de nove encontros organizados em 5 etapas, sendo elas: identidade artística, saberes periféricos, movimentação sociocultural, produção artística e musical, e fechamento. Serão selecionados dez artistas iniciantes das regiões periféricas da
cidade de João Monlevade. A execução do projeto acontecerá entre os meses de setembro e outubro de 2024 e será conduzido pelo artista Gudies (selo Verso Manso) em parceria com atores culturais locais.

A educação de qualidade, assim como o acesso a cultura e ao entretenimento permitem o aprimoramento individual e coletivo. Deste modo, o compartilhamento de conhecimentos e de experiências relevantes possibilitam o fortalecimento cultural e intelectual de uma social. Porém, é necessário transmiti-lo de forma democrática, abrangendo a diversidade de pensamento e de expressão sociocultural. Uma vez que as individualidades devem ser favorecidas de forma igualmente, afim de promover uma maior inclusão e possibilidade de enriquecimento social.
Para isso, é necessário promover um acesso aos espaços de promoção cultural, social e econômica, proporcionando oportunidades de participação e envolvimento.

Permitindo assim, cultivar valores e costumes importantes para construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.
A cidade de João Monlevade enfrenta há tempos desafios significativos no acesso ao conhecimento, à cultura e ao lazer. Tais aspectos são observados em termos estruturais, na insuficiência de equipamentos culturais ou na ausência de gestão e investimento. Somado a isso, a desmobilização dificulta a procura por soluções e a propagação de projetos transformadores. É necessário enfrentar essas contradições
que impedem o pleno exercício da cidadania e reforçam os índices de desigualdade social.

Problemas que se agravam nas periferias, onde se encontra a maior parte da população e se manifesta uma maior falta de condições para acesso ao conhecimento, à cultura e ao lazer torna esses espaços locais de opressão. Onde se tem menos oportunidades, menos investimento e menor qualidade de vida. Nesse contexto, a identidade cultural do monlevadense é afetada, uma vez que não reconhece suas particularidades e não proporciona que as manifestações locais se desenvolva e contribua positivamente para seu contexto social. Excluindo assim, boa parte de seu potencial, deixando de se apoiar a ideias inovadoras, projetos sociais, artísticos e culturais. O investimento em acesso à cultura, a educação e ao lazer proporcionam os maiores retornos no combate contra a desigualdade social, a violência e a precarização das condições humanas. Além de provomover uma movimentação econômica e social, garante um ambiente propício para a prosperidade e a riqueza cultural da região.

Nesse contexto, os projetos “Identidade e Expressão Periférica” desempenham um papel vital ao oferecer uma oportunidade de um desenvolvimento artístico que promova a mobilização cultural e a valorização identitária na região periférica de João Monlevade. Com o intuito de aprofundar na produção musical de 3 (três) singles, será reunido artistas de diferentes gerações, para transmitir saberes e experiências. A partir deste potencial, se conectar em um processo identitário, que passa por reconhecer as raízes culturais e as necessidades coletivas, que podem dar sentido a uma expressão artística. Processo que ganha maior relevância por promover o compartilhamento de experiências e de conhecimento. Utilizando de uma liguem originária do contexto periférico, voltada para transformação social através da promoção cultural. Deste modo, promover o impacto a diversos artistas em diferentes estágios de desenvolvimento. Eles trabalho é também uma continuidade do trabalho artístico de Gudies, que vem realizando composições e trabalhos de impacto artístico e musical, o qual apresentou no Festival Pedro Alcântara e no Festival de Ouro preto. Além de seu recente trabalho de conclusão de curso na área da educação pela UFMG, intitulado “Perspectiva decolonial do ensino: Uma prática de valorização de identidade negra no contexto socioeducativo” que discute a valorização dos saberes populares como forma de promover uma emancipação social. Assim, este projeto tem grande potencial de atingir seus objetivos e servir para gerar impacto e movimentação cultural como se propõe.